Antes de começar a criar suas esculturas/ vasos, a ceramista Alice Aroeira esculpia muitas matriarcas, figuras profundamente femininas e que para ela representavam a conexão da mulher com a terra e o potencial fértil compartilhado por ambas. Assim como a matriarca, as peças são feita de curvas, de formas totalmente orgânicas, cada uma diferente da anterior, respeitando a singularidade do processo artístico. Para Alice, interessa ver como as pessoas interagem com as peças – como cada corpo reage a esse objeto. A história nos conta que as mulheres desempenharam um papel essencial no desenvolvimento da agricultura, principalmente por sua capacidade de aperfeiçoar processos e ferramentas, dentre eles a cerâmica. Atualizar o uso de algo tão milenar é um dos principais desejos de Alice, que viu na suas peças, um híbrido entre utensílio e objeto a ser contemplado.