R$160,00
LIVRO CAMILLE KACHANI, O EXÍLIO COMO MOTOR DA OBRA
Camille Kachani, o exílio como motor da obra reúne trabalhos produzidos ao longo da trajetória de trinta anos de carreira do artista, acompanhadas de um ensaio do curador e crítico Paulo Herkenhoff. Mesclando escultura, colagem e desenho, a prática artística de Kachani investiga a transformação da natureza ao conferir novas leituras a elementos cotidianos, que perdem suas funções previamente estabelecidas ao se tornarem novos e singulares artefatos híbridos. Enormes moscas ou caçambas de lixo de pelúcia, galhos crescendo de livros ou de instrumentos musicais, desenhos formados por goma de mascar ou pó de café e leite fazem parte desse universo criado pelo artista. A arte de Kachani, dessa forma, desconstrói certezas e abala convicções, explorando conceitos como identidade, pertencimento, cultura e movimento.
Como descreve Herkenhoff, Camille Kachani faz parte de um selecionado conjunto de artistas filósofos contemporâneos que entendem a arte como “um processo conceitual denso e sólido”. Para o autor, “o extenso universo da produção de Kachani envolve assuntos tão díspares como o abjeto e a fenomenologia da música, a guerra e as moscas, uma dimensão babélica da linguagem e a história a contrapelo benjaminiana, a felação e um piano, a misantropia e um violino, afetividade e granadas, racismo e memória, Nietzsche e Lispector, o estranhamento e a vegetação.” Essas aproximações levam as reflexões de Herkenhoff para os campos da filosofia, linguística, psicanálise, ciências políticas e religião, na tentativa de alcançar o complexo corpus kachaniano, repleto de sentidos, símbolos e significados.
Sobre o artista
Camille Kachani nasceu em Beirute na década de 1960, aportando no Brasil em 1971, fugido da guerra no Líbano. Estudou fotografia, pintura e escultura e começou a trabalhar como fotógrafo de natureza. Aos poucos, migrou para um procedimento misto com imagem, colagem e escultura. Seu trabalho trata de conceitos como identidade e pertencimento, sugerindo, a partir de referências autobiográficas, que estes se formam a partir da aquisição de cultura, num movimento de construção/dissolução eternos. Propõe a tese que cultura e natureza são hoje indissociáveis, formando assim o corpus do ser humano contemporâneo, ideia que irá nortear sua produção nos últimos anos. Kachani tem obras nos acervos dos principais museus do Brasil e em coleções dentro e fora do país.
Sobre o autor
Paulo Herkenhoff nasceu em 1949, em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo. Vive e trabalha no Rio de Janeiro. É curador e crítico de arte. Entre 1985 e 1990, foi curador-chefe do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio). Em 1997, foi responsável pela curadoria do pavilhão brasileiro na 47ª Bienal de Veneza e, em 1998, foi o curador da 24ª Bienal de São Paulo – conhecida como a Bienal da Antropofagia. Foi curador-adjunto do Departamento de Pintura e Escultura do Museum of Modern Art (MoMA) de Nova York, de 1999 a 2002, um dos poucos brasileiros a ocupar esse cargo na instituição. No ano seguinte, foi diretor do Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, cargo que ocupou durante três anos. Em 2007, integrou o comitê de escolha do curador da Documenta 12. Herkenhoff foi o primeiro diretor cultural do Museu de Arte do Rio (MAR), fundado em março de 2013, na região portuária da cidade, no qual ficou até 2016. Foi também titular, em 2019 e 2020, da Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura e Ciência do Instituto de Estudos Avançados da USP. Um dos críticos e pensadores mais relevantes do país, fez palestras em várias universidades e publicou artigos em diversas revistas, catálogos de exposições e livros de instituições, incluindo a Tate Modern (Londres), o Centre Georges Pompidou (Paris), a Fundación Antoni Tàpies (Barcelona), além da Universidade Harvard e do Studio Museum Harlem, nos Estados Unidos. Produziu livros de artistas contemporâneos, como Cildo Meireles, Maria Leontina, Antonio Dias e Beatriz Milhazes, e foi autor de produções importantes com olhar renovador sobre a arte, como O Brasil e os holandeses 1630-1654; Arte brasileira na coleção Fadel; e Biblioteca Nacional, a história uma coleção. Nos últimos anos, liderou a valorização da participação de artistas negros nas coleções dos grandes museus.
Ficha Técnica
Autor: Paulo Herkenhoff
Projeto: gráfico Celso Longo
Idioma: Português
Número de páginas: 200
Formato: 22 x 28 cm
Encadernação: Capa dura
Ano de publicação: 2023
Em estoque
Em estoque
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |